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29/07/2021 - Doenças

Sistema Imunológico

Por: Dr Fernando de Freitas


Se compreendermos a essência de cada sistema fica fácil entender as dinâmicas das doenças. O sistema imunológico trabalha com o que sou eu e o que não sou eu.


O que sou eu o sistema imunológico diz SIM e me protege. O que não sou eu, o sistema imunológico diz NÃO. Ele destrói e arrebenta. Ele coloca para correr aquilo (bactérias e vírus) que entra para me destruir.


Doenças autoimunes acontecem quando eu crio anticorpos para estruturas minhas. Quando meu sistema imunológico cria algo contra mim mesmo, contra partes de mim.


A questão é: Eu sou ator ou personagem? Eu sou um projeto parental? Eu tenho que ser o que o outro quer que eu seja? Se as repostas forem sim, a conclusão desse indivíduo pode ser: “Eu não presto."
“Eu tenho que ser um personagem na vida do outro.” “Para ser amado eu preciso me moldar ao desejo e expectativa do outro.”


Isso gera baixa autoestima e sérios problemas, a ponto de o indivíduo manifestar doenças que são autodestrutivas, doenças autoimunes.

A destruição da pessoa vem do que ela ouviu. “Você não presta”, “Você tem que cuidar de mim”.” Você faz tudo errado.” “Eu não deveria ter tido você como filho(a).” Observe que isso tudo gera confusão e destruição da função e da identidade da pessoa. E o contexto gira em torno de me aceitar e me destruir. A questão é... quem sou eu?

EU
SIM
SOU EU
NÃO
NÃO SOU EU

Quando você deixa de existir - é para o outro e não para si – gera um campo enorme para diversos e complexos problemas de saúde. Nas células, se há um invasor de fora, o sistema imunológico atua defendendo. Porém, os anticorpos também atuam nas células do próprio corpo, caso elas trabalhem inadequadamente. Por exemplo, doenças como Artrites, Psoríases, Lupus, são doenças onde o indivíduo se pune de alguma forma, permitindo que as células sejam atacadas pelos anticorpos. Existe uma alteração do sistema autoimune que ao invés de defender o corpo dos agressores externos, acaba reconhecendo a própria célula saudável como uma ameaça. Isso acontece por que eu mesmo não me reconheço não me aceito e não me amo como sou. Então, quem sou eu? O sistema imunológico identifica se a célula é você ou não. Se o sistema imunológico entender que aquela célula
não é você, ele vai destruir aquela célula.

O sistema imunológico vê a sua célula e reconhece que você não deveria ser assim então ele destrói as células boas. O sistema imunológico não te reconhece como você realmente é. Isso é a base das doenças autoimunes. No caso do Câncer, a célula não está fazendo a função em ordem, ela começa a sugar a energia do sistema e não dá nada para o sistema. O sistema imunológico reconhece as células ruins e tenta destruir essas células que não estão saudáveis. Porém se a pessoas tem uma personalidade de se deixar invadir, não consegue colocar limites nos outros, essas células vão invadindo os tecidos vizinhos, sem respeitar nada e a doença se instala. No câncer o sistema imunológico não consegue identificar e destruir as células que estão funcionando de forma inadequada. Você consegue identificar se existem pessoas que invadem a sua vida e fazem o que querem com você? Você se destrói para agradar o outro? Se esta resposta for positiva você é um forte candidato a desenvolver um câncer. Precisa existir certa agressividade para aprender a dizer não! Ninguém está na vida para agradar aos outros. Precisamos nos observar, verificar se estamos nos anulando, se estamos deixando de fazer as coisas que queremos para agradar o outro. Precisamos ficar
atentos para saber se estamos deixando de SER nós mesmos para receber migalhas de afeto!

 
A Memória imunológica é uma “cicatriz” que o corpo possui porque já passou por algo e aprendeu, ele já sabe se “defender” daquela situação. O mundo emocional é parecido, quando você passa por uma situação ruim e identifica a dinâmica traumática, você cria uma memória, você aprende, resolve e numa outra situação semelhante saberá solucionar com facilidade, sem entrar no drama. Entretanto, se estamos sempre caindo nas mesmas situações complicadas, não conseguindo resolver o problema emocional e nem identificá-lo, é possível que estejamos com o sistema imunológico alterado, num nível emocional. Nesse lugar, você não aprendeu com os problemas, pois anda repetindo o padrão. Nesse lugar, é como se você tivesse uma imunodeficiência que acontece quando o sistema imunológico não conseguiu identificar o problema e as coisas não conseguem avançar.


Desenvolver alergias às “coisas” como comida, tecido, substâncias que pra todo mundo é normal, mas que, de repente, em nós dá problema é uma expressão de uma vontade de estabelecer distância daquilo que nos faz mal. Observe a dinâmica envolvida: precisar estabelecer distância da “coisa” que nos faz mal ou distância do que essa “coisa” simboliza. Nós adoecemos pelo símbolo, então criamos uma dinâmica de alergia, para nos colocar à distância das coisas que nos fazem sentir mal. Observe que existe um desvio da situação emocional para as dinâmicas alérgicas. Na verdade, o que precisamos mesmo é manter uma distância das situações que estão perto de nós e que estão nos fazendo mal. Alergia tem relação com o que vai entrar no corpo: contato, inoculação, ingestão, inalação, tudo que entra no seu corpo e que você quer distância. Toda vez que você tiver uma alergia, pode pesquisar de quem você precisa se afastar? Para qual situação você está precisando falar não?


O sistema imunológico tem uma regulação com o sistema límbico, o cérebro das emoções. Existe uma relação. A ciência já reconhece que se lesar o sistema límbico, o sistema imunológico ficará comprometido. Precisamos aprender a dizer sim e a dizer não na vida, e assim, preservar nosso sistema imunológico.