Os sinais e sintomas revelam a realidade que seria a dor da criança.
A dor está conectada a três necessidades que não foram supridas e cuidadas, as necessidade básicas relacionadas ao corpo e alma, as necessidades emocionais decorrentes da dor provocada por situações em que a criança não pode falar, por momentos em que ela teve que esconder os conflitos dela, e por último, as necessidades do sistema, ou seja, aquilo que veio de fora dela, do sistema familiar.
A criança sente a realidade da vida, ela aguenta tudo e reconhece que algo está fora do lugar. Então, ela avisa enviando sinais e sintomas, manifestados em doenças. O que a doença pede que o indivíduo faça?
A resposta a esta questão é bem simples: a doença vai impedir que o corpo siga os comandos da mente desconectada, que tem desejos destrutivos, crenças limitantes e convicções doentias. Tudo isso é desconexão da realidade, e não estão em contato com as necessidades da criança, da vida, com o verdadeiro sentido do amor.
Os sinais e sintomas fazem imposições para que o adulto entre em contato com a realidade de si mesmo e do meio. Isso gera um impacto e um conflito, mas o objetivo é definitivamente parar a mente doentia, suicida, maluca. Os sinais e sintomas impõem mudanças na forma de pensar, sentir, e agir, na alimentação, nos relacionamentos indevidos, no ambiente, etc.
Nesse lugar, o indivíduo precisa estabelecer prioridades. O tempo todo precisa optar entre a mente desconectada e as necessidades do corpo. Tendo consciência disso, e alinhado consigo mesmo, ele reconhece as limitações da mente e é capaz de dar para o corpo aquilo que ele necessita.
Porém, se esse indivíduo está desalinhado, ele vai ouvir somente a mente desconectada, ele pode até querer que o corpo melhore, mas não faz nada para isso, não se conecta com as prioridades da vida. E, quando menos se espera, a criança “fala” enviando os sinais e sintomas.
Um ponto fundamental da psicossomática é a reação do doente. Como ele reage frente a doença, aos cuidadores, ao meio, à vida e à morte? Nesse lugar, é possível que ele atue em três atitudes: de rebeldia, de submissão, de paralisia.
A
Atitude de rebeldia acontece quando ele utiliza a doença para destruir tudo que tem pela frente, para jogar a raiva em todos, para culpar tudo ao seu redor, aqui a agressividade contra tudo e todos está valendo.
A
Atitude de submissão acontece quando ele joga a raiva em si mesmo, se destrói e se arrebenta, é submisso e se torna a sua própria vítima.
Na
Atitude de paralisia, o indivíduo simplesmente trava, não consegue fazer nada, fica paralisado, possui sentimento de negação e não quer ver nada. Essa pode ser a primeira reação do doente.
Neste contexto, é preciso reconhecer as dinâmicas e juntamente com seus cuidadores acessar a reação mais saudável que é aceitar a realidade, trazer o adulto para a origem dos problemas e evoluir. Lembre-se! A doença é uma oportunidade única de evolução para a vida!