Relação inocência e culpa X prazer e desprazer (CAMINHO DOENTIO)

Agora vamos falar de dois sentimentos fundamentais: a inocência e a culpa. Ir em direção ao representante da vida me dá prazer, é a inocência, é o certo. Entretanto, não ir em direção ao representante da vida, me dá desprazer, gera culpa, é o errado.


Se o representante da vida se transforma na própria vida (por exemplo, a mãe se torna a vida daquela pessoa), o ser gera culpa de ir para a vida de “verdade”. Ele sente desprazer, porque se sente culpado.

Noutro sentido, se minha mãe me criou, gerou em mim a informação de que ela é a minha vida, se eu caminho em direção a ela, eu sinto inocência, só que ao mesmo tempo tenho desprazer, porque não sigo o caminho natural de ir para a vida. Existe um jogo inocência e desprazer. Entretanto, se eu olhar para a vida, sinto prazer, é o caminho natural, mas sinto culpa porque eu estou traindo a minha mãe.

Nesse cenário, existe um nível de confusão enorme entre inocência e culpa X prazer e desprazer, e isso gera ansiedade, depressão, síndrome do pânico, doenças de fundo emocional, etc.


O indivíduo fala que vai para a vida, mas joga a “bóia” para o passado. A culpa não o deixa ir para a vida. Se tiver um ser, ou família de origem que representa a vida, esse indivíduo fica preso. Existe sempre um conflito que o impede de ir para a vida. É quando a mente define onde e como o prazer da vida é extirpado, retirado. O indivíduo tira o prazer da vida e, quando isso acontece, ele busca o prazer em diferentes situações: comendo muito, fazendo esportes radicais e arriscando a vida, excesso de sexo, assaltando e roubando, matando, cometendo abuso, etc.

E se não busca mais o prazer, significa que está a caminho da morte. Não encontra mais significado na vida, olha para a morte, está profundamente deprimido. A vida não tem mais sentido.

Nesse contexto, nascem os julgamentos, sempre definindo o que é certo ou o que é errado. Os indivíduos ficam presos a conceitos “malucos” e, por culpa, se aprisionam, porque tem que jogar o prazer da vida fora. A vida não é mais prazerosa. O que se tem que fazer para resgatar o prazer?

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