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17/12/2018 - Neurolinguistica

Atrofia cerebral ou preguiça?

Por: Carla Queiroz


A economia de palavras nos textos digitalizados e WhatsApp, utilizando abreviações e símbolos para expressar um pensamento ou um sentimento, diminui  a camada protetora dos neurônios cerebrais, indo na contramão da evolução do ser humano.

Sabemos que nosso cérebro tem uma capacidade enorme e grande potencial de desenvolvimento. Utilizamos uma pequena parte do cérebro para viver e mesmo aqueles que estudam muito, utilizam uma parte limitada do cérebro para isso.

Na evolução da humanidade os estudiosos e gênios demonstraram e utilizaram essa capacidade para a evolução da espécie, para invenções e descobertas que facilitaram nossa vida.

O uso do celular, por exemplo, com capacidade de funcionar como um computador possibilita que acessemos dados e informações com facilidade.  Comunicamos-nos visualizando a imagem do outro.  Executamos operações bancárias e tantas outras transações online. Ao invés de estudar pesquisamos um assunto no Google. Tudo isso faz com que deixemos de raciocinar de forma mais complexa, de nos inspirar com as situações do cotidiano, de nos aventurar na vida.

As pessoas já não leem mais, preferem assistir a Netflix. Já não conversam mais, preferem enviar um WhatsApp. Já não se visitam mais, mandam uma mensagem animada. Elas não se cumprimentam mais com um telefonema, nem nos aniversários.  Elas não discutem política ou digitam um texto com suas próprias opiniões.  As pessoas  simplesmente reenviam mensagens recebidas sem sequer saber se são reais ou falsas. Elas não se olham mais nos olhos.  São todos donos de suas próprias Verdades.

Onde pretendemos chegar se continuarmos assim? Os bebes e crianças já utilizam celulares para aprender e para se distraírem, se estão carentes e precisando de atenção, ou se não querem comer,  lhes é dado um celular com um jogo ou um filminho para que  fiquem quietas e não deem trabalho. Onde estão os pais para olhar para essas crianças, para ensiná-las, para senti-las?

Estamos caminhando para uma Atrofia Cerebral e uma constante  destruição dessa camada protetora Neural, diminuindo assim a capacidade de expansão cerebral.

Não sabemos mais distinguir as necessidades de nossos filhos nem mesmo as nossas. Não cantamos ou dançamos, apenas assistimos passivos a vida passar por nós.