Existem alguns fatores que precisam ser comentados sobre a origem do filho. O primeiro deles é reconhecer se esse filho veio por falta ou excesso de amor. Se for por falta, observe que, dificilmente essa mãe vai querer se desapegar do filho e, agindo assim, esse filho terá muitas dificuldades de seguir para a vida e cortar os laços. Se ele se for, essa mãe sofrerá com o espaço vazio que existia nela. Se for por excesso de amor, a vinda do filho representa condições de passar a vida à diante.
E ai eu te pergunto: O filho veio como fruto do amor de um casal ou foi gerado para substituir um vazio? Esse filho veio para substituir alguém? Observe que, essas perguntas servem para olhar dentro do sistema e descobrir quem esse filho representa, qual a função dele. Se for um filho para ir para o mundo, tudo bem, está alinhado. Entretanto, se ele veio para preencher algo ou alguém, a coisa muda de figura, porque certamente causará emaranhamento do sistema como um todo.
A função do filho é ter caminho aberto para a vida e a função da mãe é dar essas condições a ele.
Então, nesse sentido, a pergunta que cabe aqui é: o caminho do filho está aberto para a vida ou ele está aprisionado em fases da vida – atuando como personagem? Observe que, dependendo da resposta, o filho pode estar preso em funções que nem sabia, porque simplesmente exerce os papéis designados a ele, como: “tenho que ser estudioso, amoroso, sustentar meus pais, vingar o que fizeram para minha mãe, substituir o filho (a) que minha avó perdeu”, por aí vai.... Assim, o indivíduo cria muitas máscaras para ser aquilo que os outros querem e receber aquilo que acha que é bom para ele, como carinho, proteção, etc.
Caso contrário, recebe exclusão do sistema, “se você não fizer o que eu quero, eu não te dou carinho, não te dou afeto”.
Fernando Freitas
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