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24/03/2021 - Consciência Sistêmica

A natureza das relações (adulto e infantil)

Por: Dr Fernando de Freitas


Um ponto fundamental para o terapeuta: o diagnóstico da origem do problema e os limites da intervenção do terapeuta. O ponto chave dessa questão, reside nas dificuldades em enxergar o que é adulto e o que é infantil no indivíduo, porque o observador, muitas vezes, é refém dele próprio. Então, essa identificação, depende do nível em que o observador está, isso mesmo, qual o nível do terapeuta. Tendemos a agir através do EGO, que interfere muito, porque ele tende a dar ênfase para o complexo, tende a fazer julgamentos, fica preso em emoções e é artificial.


Enquanto que o Self olha para o essencial, o que está óbvio, o mais simples e natural. Sendo assim, o papel do terapeuta antes de tudo é estar consciente de si mesmo.


O pai da psicossomática (Georg Groddeck) explica que é preciso entender a diferença entre o adulto, a criança e o infantil. O primeiro é um ser autônomo, responsável, que está em eterna evolução, e que cuida da sua criança interna, além de ser independente. Já a criança, é dependente de adultos, e ela também está em evolução, mas para o mundo adulto.
O infantil é o indivíduo fora da fase de vida em que ele está; ele tende a viver no passado, está totalmente preso aos traumas, depende de reconhecimento e tem uma postura de criança que precisa de acolhimento, o que lhe causa retardo na vida.


Consciente da relatividade e transitoriedade da verdade, um terapeuta deve olhar seu cliente como uma pessoa que possui seus pontos de vistas e que olha para suas escolhas como se fossem verdades. Sendo assim, o terapeuta sempre deve ver mais, deve ter condições de enxergar além das percepções do cliente e das suas próprias percepções, pelo menos estar aberto para elas.




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