03/02/2022 - Consciência Sistêmica
Por: Carla Queiroz
É uma metodologia desenvolvida por mim, Dr. Fernando Freitas, decorrente do aprendizado adquirido em minha longa jornada de vida pessoal, familiar e profissional, para compreender o ser humano.
O que faz uma pessoa ser saudável ou adoecer? O que faz uma pessoa ser leve e feliz ou carregar uma série de problemas?
Essas questões me motivaram a iniciar minha jornada profissional pela medicina, onde aprendi a identificar e combater a doença. Mais tarde percebi que o mais importante era olhar para o doente, não para a doença.
Nos meus estudos, cheguei até Hipócrates que já dizia exatamente isso: “ O mais importante não é a doença e sim o doente.”
Ele dizia que é o doente quem tem o poder de se curar e a função do médico é ajudar o cliente a se curar.
Foi quando me dei conta de que nossa medicina hoje é muito mais Galênica que Hipocrática, pois foi Galeno que deu ao médico o status de ser aquele que cura a parte doente do indivíduo.
Desejando compreender ainda mais o ser humano e o que o leva a adoecer, me aprofundei nos estudos e encontrei Georg Groddeck, que é o pai da Psicossomática moderna. Groddeck introduziu o conceito de que: Por trás de toda doença, existe um trauma infantil mal resolvido. Por isso ele diz que a doença vem para nos mostrar algo que está oculto.
“A doença é um mal menor para evitar um mal maior.”
Georg Groddeck
Esse mal maior a que Groddeck se refere é o conflito emocional infantil não resolvido. São as dinâmicas emocionais que as pessoas carregam. Para não enxergar essas dinâmicas doentias, a pessoa cria a doença, trazendo sofrimento para não olhar para a dor original. Se esse adulto não consegue olhar para a dor de sua criança interior e resolver, esse indivíduo irá carregar esses sofrimentos pela vida toda. Conclusão, o adulto deve cuidar da de sua criança interior.
Passando por Sigmund Freud, entrei em contato com as dinâmicas do inconsciente e como a mente do ser humano é capaz de causar vários problemas emocionais que afetam as relações, mas também problemas que afetam o corpo.
Outro grande mestre que veio somar meus estudos foi Wilhelm Reich, que inclui o corpo na psicanálise, através da criação da Análise do Caráter, onde mostra que os traumas infantis que ocorrem em várias fases de evolução da criança, deixam marcas profundas no indivíduo e determinam como ele vai funcionar na vida. Reich deu um nome a cada traço de caráter, levando em conta a forma de reagir e se comportar diante do trauma, nas diferentes fases da vida.
Assim ele mostra como a história de cada um pode ser escrita no corpo do indivíduo e em sua forma de sentir, pensar e agir.
Mas a essa altura, eu me pergunto de onde vem todos esses traumas infantis? O que acontece nas famílias que traumatizam tanto as crianças na fase de molde? Então conheci a Sistêmica através de Bert Hellinger, que foi o criador da Constelação Sistêmica, uma excepcional ferramenta de trabalho para fazer uma análise dos sistemas.
Percebi então que essas dinâmicas doentias que encontramos dentro do sistema, muitas vezes são passadas de gerações em gerações, como se por fidelidade à dinâmica doentia da família de origem. Dessa forma percebi que muitas vezes o conflito familiar é apenas um reflexo dos conflitos de gerações passadas e por isso a família vive num emaranhamento sistêmico.
Nessa escalada de construção do saber, estudei neurociência, genética, epigenética, embriologia e física quântica. Além disso, me aprofundei também no Coaching e Consultoria Sistêmica.
Conclui que todos os sistemas têm uma dinâmica saudável e uma dinâmica doentia. Para ajudar as pessoas a sair de seus emaranhamentos, compreendi que as pessoas muitas vezes nem sabem o que é o saudável e por isso vivem de forma doentia, fiéis ao “normal” de suas famílias de origem. Acreditam que o normal é seguir as normas da família, mas será que isso é saudável?
A partir daí, criei a abordagem da Consciência Sistêmica, onde a partir da ampliação da consciência do ser humano, ele passa a enxergar de forma mais clara o que acontece com ele mesmo, com as dinâmicas ao seu redor e é capaz de compreender os verdadeiros problemas que carrega. Ele para de se esconder atrás de todos os problemas que o fazem sofrer e começa a olhar para a raiz dos problemas, enfrenta a dor que acompanha esse processo e finalmente consegue sair da dinâmica doentia.
Durante todos esses anos, pude observar o quanto os sistemas que trabalhei com meus clientes se tornaram mais saudáveis e o quanto essas pessoas estavam mais felizes e profundamente agradecidas pela ajuda que eu dei no sentido de fazê-las enxergar a verdadeira raiz dos problemas.
O objetivo do Consciência Sistêmica é te ajudar a também enxergar essa raiz e tratá-la. Só assim os seus vários problemas que te fazem sofrer, perderão a força e darão lugar a uma vida plena e feliz.
Com as várias técnicas e recursos desenvolvidos no Consciência Sistêmica é possível identificar e solucionar o verdadeiro problema.
E aí, vamos ampliar a Consciência?